Não sabemos quem está certo ou quem esta errado nesse caso do condomínio Alphaville, mas podemos aproveitar o caso para ilustrar e denunciar a verdadeira INDUSTRIA DA AGIOTAGEM que funciona no Amazonas, principalmente em Manaus.
DEVOLVA MEU DINHEIRO. Portal CM7
O assunto publicado no LINK acima, ganhou repercussão durante esta semana, diz respeito a uma cobrança inusitada feita em frente a um condomínio de luxo, com o suposto credor pedindo a um casal que “pague” o que deve.
Por mais que pareça apenas mais um caso de ex-amigos, que fizeram uma transação de empréstimo entre si, o escândalo divulgado pelo Portal CM7 pode ser e somente a PONTA DE UM GIGANTESCO ICEBERG.
Patrícia, funcionaria publica concursada, nos termos do “emprestador” (agiota) emprestou R$ 5 mil. Em dois anos já pagou 20 mil em juros e continua devendo os R$ 5 mil. É ameaçada constantemente e em dezembro, quando recebeu o 13º Salário (R$ 15 mil), tentou, mas não conseguiu quitar a divida.
Romualdo, uber e motouber, emprestou R$ 500,00. Em seis meses pagou mais de três mil reais de juros e continua devedor do “amigo” que o o socorreu, polícial da area do Novo Israel. Teve sua casa invadida, foi ameaçado de morte, foi agredido fisicamente e precisou ser ajudado pela família da esposa.
Vanusa, que há poucos anos recorreu a um agiota e a quem pagou pelo menos R$ 10 mil em juros para montar sua própria loja no centro de Manaus, indicou uma amiga para receber emprestado a quantia de R$ 2 mil. A amiga passou 12 meses pagando R$ 600 por mês de juros (total de R$ 7.200,00) , até que perdeu o emprego entregou a casa alugada e viajou para um município no interior do Amazonas. Vanusa foi obrigada a assumir a dívida, que já ultrapassa os R$ 10 mil.
Antonio, empreiteiro, precisou de 250 mil reais afim de concluir uma grande obra. Emprestou e na certeza de que conseguiria pagar a dívida e os juros, assinou um documento de compra de venda de seu imóvel avaliado em R$ 1,5 milhão. No documento, Antônio assume ter recebido R$ 1 milhão 250 mil e que no ato do empréstimo recebeu via pix R$ 250 mil, o valor que ele precisa no momento do empréstimo. A negociata muitas vezes vai parar na justiça, que faz de conta não perceber o enriquecimento ilícito, o contrato ilegal, a transação fora do que prevê o Código Civil entre outros crimes.
Ronaldo, motorista de aplicativo, emprestou R$ 1.000,00 afim de pagar diárias atrasadas e assim não ser obrigado a devolver o carro no qual trabalhava e que tinha passado alguns dias na oficina. Um atraso aqui e outro ali, perdeu o carro e a possibilidade de pagar o agiota. Em três meses os cobradores estavam em frente à casa da familia de Ronaldo, na Zona Leste de Manaus, tentando tomar a casa da família.
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Exemplos que mostram um novo segmento de mercado no Brasil, com ganhos extraordinários, isentos do pagamento de impostos e protegidos pelos distintivos da Lei, Inalcançáveis pela JUSTIÇA ou RECEITA FEDERAL, já que em todos os casos existe um Policial Militar ou Civil envolvido e com arma na mão.
Denunciar significa então, bater de frente com um sistema estruturado, protegido pelo próprio Estado e ter a vida em risco sem a devida proteção da justiça. O aviso e desencorajamento é dado/feito em qualquer delegacia: “Não poderemos garantir sua segurança 24h por dia”. E mais uma família segue só na guerra desigual contra os agiotas e seus cobradores.
É elementar lembrar que USURA (AGIOTAGEM) é crime no BRASIL. Mas os AGIOTAS geralmente vão além desse crime, e também cometem o crime de extorsão (art. 158 do Código Penal), tomando na marra, com violência ou grave ameaça, bens dos endividados (casa, automóveis, etc.) de valor muito superior ao devido.
E apesar desse contexto criminoso, os endividados extorquidos não têm coragem de denunciar, pois como já ilustramos, os agiotas são em sua maioria policiais ou, pelo menos, têm como comparsas policiais que fazem as cobranças, intimidações, ameaças e convincentes “avisos prévios” violentos.
A Justiça precisa agir. A Polícia Militar por meio de sua ouvidoria sabe que o problema existe, mas se mantem na defensiva por não haver depoimentos. Da mesma forma a Polícia Civil. Quem diante do risco de perder a vida vai fazer a denuncia formalmente ???
A sociedade precisa reagir e de alguma maneira denunciar, contar a história, mostrar fotos, exigir dos poderes constituídos alguma ação em favor da sociedade.
Denuncie:
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materia replicada do blog souvitimadeagiota.blogspot.com
