8 de maio, dia da Vitória

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A Segunda Guerra Mundial foi um dos maiores conflitos do século XX. Iniciada em 1939 e terminada seis anos depois, envolveu dois grupos de países: os Aliados, liderados pelos Estados Unidos e pela União Soviética (URSS – dissolvida em 1991) e o Eixo, liderado pela Alemanha nazista de Hitler. Diversos acontecimentos marcantes foram decisivos para o fim da guerra. A captura do ditador italiano, Benito Mussolini, em 27 de abril de 1945, pelos Partigianos – a resistência italiana – levou à sua execução no dia seguinte.

Dias depois, com os acontecimentos ocorridos durante a Batalha de Berlim (iniciada em 16 de abril), e percebendo sua definitiva derrota, o ditador alemão Adolf Hitler resolveu evitar o destino de Mussolini e suicidou-se no seu bunker, em 30 de abril, juntamente com Eva Braun, sua companheira. Em 2 de maio, ocorreu o cessar-fogo na Itália. O mesmo dia, ainda, culminou com a Queda de Berlim e a primeira rendição alemã. Em 5 de maio, a resistência tcheca iniciou o Levante de Praga. Em 8 de maio, o Primeiro Ministro britânico Winston Churchill fez uma transmissão pelo rádio e anunciou que as hostilidades haviam terminado nas Ilhas do Canal.


A derrocada nazista ocorreu em 07 de maio de 1945, quando o general Alfred Jodl – do Alto Comando Alemão – assinou a incondicional rendição de todas as forças germânicas. O anúncio oficial seria feito só no dia 9, mas a imprensa noticiou no dia 8, que entrou pra história como o Dia da Vitória na Europa. A União Soviética manteve os festejos conforme o combinado, celebrando o fim da Grande Guerra Patriótica – como ficou conhecida na Rússia e nos países da antiga URSS – em 9 de maio. Está entre as datas mais lembradas pelos russos, junto com a Revolução Russa de 1917 e o primeiro voo espacial de Yuri Gagárin.

 

Hoje, o dia da vitória (Correio da Manhã - RJ)
Hoje, o dia da vitória (Correio da Manhã – RJ)

Pelo mundo, milhões de pessoas festejaram o fim da guerra, que, em certas partes do oriente, ainda durou mais alguns meses. Uma das celebrações mais marcantes ocorreu em Londres, onde mais de um milhão de pessoas comemoraram o fim do conflito.

O Brasil foi o único país da América Latina que participou diretamente dos conflitos na Europa. A Força Expedicionária Brasileira – FEB – enviou cerca de 25 mil soldados ao norte da Itália, onde lutaram junto ao Exército Americano. Foi protagonista de vitórias importantes, tomando regiões dominadas pelos nazistas, como a famosa tomada de Monte Castello (que durou três meses), e batalhas em Massarosa, Camaiore e Monte Prano e Castelnuovo. E foi na Batalha de Montese – em 14 de abril de 1945 – que a atuação da FEB foi considerada essencial para retomada da Itália. A participação do Brasil nos conflitos era desacreditada e dizia-se que era mais fácil uma cobra fumar do que o país integrar os esforços de guerra. Em 2 de julho de 1944 ocorreu a viagem do primeiro contingente da Força Expedicionária Brasileira, sob o comando do general Zenóbio da Costa. O país entrou oficialmente na guerra e “a cobra fumou”. Por conta disso, os soldados utilizaram o desenho de uma cobra fumante como seu símbolo. Mais de 400 militares morreram em batalha e são considerados heróis da nação.


O Brasil celebra o Dia da Vitória com diversas atividades, como exposições e desfiles de veículos de combate, solenidades como a do Monumento Nacional em Homenagem aos Mortos da Segunda Guerra Mundial – popularmente conhecido como Monumento aos Pracinhas (como eram chamados os soldados da FEB) – no Aterro do Flamengo, e a entrega da Medalha da Vitória a ex-combatentes e civis que os representam. Segundo o Ministério da Defesa “a Medalha da Vitória se destina a agraciar militares das Forças Armadas, civis nacionais, militares e civis estrangeiros, policiais e bombeiros militares e às organizações militares e instituições civis nacionais que tenham contribuído para a difusão dos feitos da Força Expedicionária Brasileira e dos demais combatentes brasileiros durante a 2ª Guerra Mundial”.

(Rodrigo Basile)

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Mário Expedito Neves Guerreiro é o único ainda presente no nosso meio, de um grupo de 160 amazonenses que foram para a Itália participar do maior conflito armado da história da humanidade.

Após seu retorno vitorioso ao País, teve uma carreira brilhante. Formado em Direito, sempre foi um cidadão atuante na sociedade amazonense. Destacam-se suas ações como pioneiro da industrialização de fibras na Amazônia e como idealizador do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM).

Para marcar essa data tão especial, o CMA, juntamente com familiares e amigos do Tenente Mário Guerreiro, conduziu uma solenidade em sua homenagem, em outubro de 2020. Durante a cerimônia, foi dado o toque de presença de ex-combatente e foi entoada a Canção do Expedicionário.

O Comandante Militar da Amazônia, General de Exército Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, agradeceu a abnegação do ex-combatente em defender a Pátria longe do próprio país. “Quando pensamos em defender a Pátria, nós imaginamos defendê-la dentro das nossas fronteiras, mas os senhores [ex-combatentes] tiveram que sair daqui, em condições adversas, com a coragem de ir para o outro lado do mundo para defender o Brasil e a humanidade. É difícil exprimir em palavras a satisfação de termos aqui, no estado do Amazonas, um herói de guerra”, comentou o Comandante, em agradecimento ao Senhor Mário Guerreiro.

Em suas palavras, o General Theophilo declarou, ainda, que os pracinhas são faróis que guiam e dão força aos demais militares para cumprirem suas missões.

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